quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nutrição e Bioquímica


Nutrição e Bioquímica

A influência da nutrição e do exercício físico na saúde e na qualidade de vida nunca foi tão bem conhecida, nem tão reconhecida como hoje. Num contexto de rápida evolução do conhecimento científico e de crescente capacidade de o divulgar junto de profissionais de saúde e da população em geral, aumenta a responsabilidade, sobretudo de quem está mais próximo da produção científica original, de assegurar o maior rigor e actualidade nessa transmissão de informação.

Deste processo está dependente, no melhor cenário possível, a qualidade das tomadas de decisão a vários níveis de actuação nos Sistema de Saúde, de Desporto e do Ensino, incluindo a qualidade da prática de milhares de profissionais no terreno, sobretudo os graduados nas áreas das Ciências da Nutrição, Ciências do Desporto e Medicina.

Como aluna do Curso de Educação Física e Desporto e educadora considero que não é possível ignorar que o Mundo enfrenta novas pandemias devido a doenças crónicas aparentemente muito difíceis de controlar e mais ainda de prevenir. É o caso de hipertensão arterial, da diabetes e da obesidade.

Estes três problemas têm em comum a comprovada influência de comportamentos e de estilos de vida na sua génese. No contexto das determinantes da saúde, múltiplos factores de risco dependem, directa ou indirectamente, do comportamento individual e dir-se-ia, de costumes colectivos diluídos na cultura de cada comunidade.

A compreensão daqueles factores de risco é hoje facilitada pela vasta evidência científica que, no entanto, nem sempre é perceptível. Por outro lado, o facto de muitos desses factores serem invisíveis dificulta o seu controlo. É o que acontece, a título de exemplo, com a hipertensão: um doente hipertenso só conhece o seu estado de saúde se medir a respectiva tensão arterial. São riscos invisíveis, mas mesuráveis.

Na perspectiva de contrariar o aumento da magnitude destes problemas há muito a planear e a fazer. Não é possível limitar as acções ao diagnóstico precoce confirmado na relação médico-paciente, nem ao rastreio seguido de tratamento. Antes de mais, há que explorar todas as potencialidades que resultem das actividades desenvolvidas no âmbito da prevenção primária, uma vez que a alimentação equilibrada e promoção da actividade física previnem, em grande parte, a emergência de novos casos. Contribuem, deste modo, para a redução da incidência, ao mesmo tempo que convergem positivamente para melhorar o prognóstico, já no domínio da prevenção secundária.

No que se refere à alimentação, a principal preocupação deve estar centrada na qualidade e quantidade dos alimentos ingeridos em função da idade. Os especialistas de Saúde pública preferem assinalar que a dieta equilibrada começa antes do nascimento. Querem com isto realçar a importância da alimentação da grávida que não pode dispensar nutrientes essenciais para o desenvolvimento do fetal, tal como não deve originar o excesso de peso. Depois do nascimento, o aleitamento materno, como princípio fundamental a observar, sempre que possível, seguido da introdução gradual de alimentos adequados. Não dispensa aconselhamento e vigilância em saúde infantil.

Desde muito cedo, há que evitar, em crianças em idade pré-escolar, hábitos sedentários. É um objectivo educativo difícil de atingir. Fazer crer às mães e aos pais que, nas horas dedicadas ao lazer, os filhos devem estar menos de duas horas por dia em frente a um monitor e de televisão ou computador e sobretudo que esse tempo não pode substituir o parque, a bicicleta e o triciclo, deve ser o motivo central da atenção no processo de educação para a saúde.


Links externos:
Federação Portuguesa de Ginástica

Ginástica no Wikipédia


Sem comentários:

Enviar um comentário